III COLÓQUIO -  III COLLOQUIUM (2021)

Colóquio em língua portuguesa - Colloquium in Portuguese

IMAGE PLAY International Video Art Festival procura servir de plataforma na contribuição da reflexão do pensamento contemporâneo sobre a produção cultural e artística das novas narrativas audiovisuais, assim como ao pensamento crítico que esta gera. A arte atual é configurada a partir de alguns pontos que significam e voltam a ganhar significado nas diferentes categorias e elementos, próprios e de terceiros, que buscam definir uma identidade. A arte abre-se também para o que é estrangeiro, num processo contínuo de vinculação e desapego cultural. Nessas dinâmicas, as diferenças culturais são reafirmadas. Através de sua programação o IMAGE PLAY ► International Video Art Festival, procura articular um discurso aberto, construir uma ponte que vincula o público nas novas narrativas audiovisuais da arte emergente, que se insere no processo de experimentação e transformação contínua da vídeo arte como ferramenta de criação.


IMAGE PLAY ► International Video Art Festival seeks to works as a platform to contribute the reflection of contemporary thinking on the cultural and artistic production of the new audio visual narratives, as well as the critical thinking it generates. The current art is configured from some points that means in different categories and elements, his own and others, that seek to define an identity. Art also opens to what is foreign, in a continuous process of cultural attachment and detachment. In these dynamics, cultural differences are reaffirmed. Through its programming, IMAGE PLAY  International Video Art Festival seeks to articulate an open discourse, build a bridge that binds the public in the new audio visual narratives of emerging art, which is part of the process, experimentation and continuous transformation of video art as a creative tool. 


CONFERENCISTAS - SPEAKERS  

3


PAÍSES  - COUNTRIES

Portugal | China | Brasil


 05 de novembro de 2021  |   05 November 2021 

COLÓQUIO - COLLOQUIUM
ON-LINE


Diretor e Moderador do Colóquio

Doutor em Média-Arte Digital e Investigador do CIAC, HERNANDO URRUTIA

(Universidade do Algarve/Universidade Aberta)


Diretor Dr. Hernando Urrutia é Investigador Colaborador do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação);  Investigador Convidado do M-ITI (Madeira Interactive Technologies Institute); Membro do Comité Científico Internacional e Curador Internacional do OVER THE REAL VIDEOART FESTIVAL - Itália; Diretor e Curador Internacional do Pavilhão TRANSGRESSION art + technology (Portugal) da "5th International Edition of the Wrong Biennale, Espanha - 2021-2022; Diretor e Curador de "EXPERIMENTA - Transformação Audiovisual - (Mostra Internacional de Vídeo Arte)- Portugal; Diretor dos Projetos: MAD 01 - Museu de Arte Digital 01; FX DIGITAL ART- Mostra de Arte Digital no Espaço Público; + PROJECTION AC - Projeção da arte contemporânea no espaço público; Curador de 29 Projetos Artísticos Nacionais e Internacionais desde 1996; Membro da Secção de Investigação "Polifranquearte", Espanha, da Red VADB Arte Contemporânea Latino-americana, do Curator Space, em Reino Unido, do Cine Mutante, em México entre muitos outros; Diretor de "+ Art Contemporary" "+ Sound Art Project"; "olhAR-TE tocAR-TE"; "INexTERNO; "Processos de Comunicação DIGITAL"; "Urban Som"; "olhAR-TE mapea-MENTO"; LINE -Art Project, entre outros.

Apresentação

No âmbito da área da vídeo arte como renovação tecnológica e experimentação digital, pretende-se criar novas pontes de reflexão sobre as novas narrativas contemporâneas híbridas e remix audiovisuais atuais, o cinema experimental e de vanguarda e vídeo experimental interativo, como formulações de grande importância no campo da intersecção entre arte, ciência e tecnologia, como manifestação da cultura contemporânea audiovisual, no intuito gerar conhecimento e reflexão para trasbordar e influenciar as novas manifestações da cultura audiovisual contemporânea, como também ampliando a reflexão da importância da narrativa pessoal com ênfase à intervenção social e a promoção e salvaguarda da diversidade cultural à luz do desenvolvimento humano sustentável, evidenciando o audiovisual como ferramenta fundamental para análise crítica e reflexiva da sociedade poliétnica, levando em consideração o papel transformador dos meios cinematográfico, como uma dimensão pedagógica. Abrindo debate e vinculando o público nas novas narrativas audiovisuais da arte emergente.

PALESTRAS

Colóquio em língua portuguesa - Colloquium in Portuguese


Prof. Doutor PEDRO ALVES DA VEIGA

(Universidade Aberta)

Professor Dr. Pedro Veiga é um artista e investigador transdisciplinar, licenciado em Engenharia Informática pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, pós-graduado em Estudos Avançados de Média-Arte Digital pela Universidade Aberta e doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta.

É Professor Auxiliar Convidado na Universidade Aberta, onde é Subdiretor do Doutoramento em Média-Arte Digital.

Esteve ligado à atividade empresarial durante mais de duas décadas, e desenvolveu trabalhos premiados de webdesign e multimédia.

É membro integrado do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, colaborador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura, e partilha regularmente resultados da sua investigação em conferências e publicações científicas especializadas sobre o papel social e as influências das economias da atenção e experiência no ecossistema da média-arte digital. 

Pode a arte generativa produzir videoarte?

Resumo

A arte generativa é historicamente e geralmente usada na geração de imagens estáticas, correspondendo a fotogramas de instâncias (ou gerações) da atividade de um sistema evolutivo, que se desenvolve dentro dos limites estéticos definidos pelo seu autor/programador. Mas esses limites estéticos podem compreender ainda vetores mapeáveis aos conceitos de plano, sequência, ritmo e montagem, não limitados ao plano visual e abrangendo ainda a geração de áudio, continuando todos estes elementos a pertencer a um sistema autónomo.

E neste caso, sendo o seu output um fluxo audiovisual constante e ininterrupto, não será então possível falar-se de videoarte generativa?

Dentro desta perspetiva serão abordados exemplos concretos e sugeridos conceitos-chave para que se possa encarar esta área como uma interseção criativa de dois géneros artísticos, frequentemente encarados como disjuntos.


Prof. Doutor CELSO PRUDENTE

(Universidade Federal do Mato Grosso - Brasil)

Prof. Dr. Celso Luiz Prudente é Doutor em Cultura pela Universidade de São Paulo - USP. Pós-Doutor em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem - IEL/UNICAMP. Aperfeiçoamento em Etnomusicologia pelo Museu de Arqueologia Etnologia - MAE/USP. Professor Associado da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT. Antropólogo, Cineasta. Curador da Mostra Internacional do Cinema Negro. Pesquisador do CELACC/USP. Apresentador e Diretor do Programa "Quilombo Academia" na Rádio USP/SP.

A dimensão pedagógica do cinema negro e a luta ontológica ibero-ásio-afro-ameríndio versus a reificação do autoritarismo do euro-hetero-macho-autoritário.

Resumo

Observarei a importância do cinema como ferramenta fundamental para análise crítica e reflexiva da sociedade poliétnica de economia dependente a exemplo do Brasil, levando em consideração o papel transformador da mídia cinematográfico, dialogando com Agamben. Demonstrarei o afrodescendente como referencial estético do cinema novo de Glauber Rocha, Prudente (1995), que foi também o principal ideólogo do cinema novismo, e o criador do cinema negro brasileiro. Considerando que nessa tendência étnico-cinematográfica o negro é maioria minorizada na horizontalidade da imagem do ibero-ásio-afro-ameríndio torna-se sujeito histórico. Isso se dá em um processo de reconstrução da imagem de afirmação positiva do ibero-ásio-afro-ameríndio na luta ontológica contra a verticalidade da hegemonia imagética do euro-hetero-macho-autoritário, que por meio da euroheteronormatividade, tenta, com estereótipos de inferioridade, fragmentar os traços epistêmicos dos povos de culturas, tais como: a ibérica, a asiática, a africana e a ameríndia, Prudente (2019). Apontarei a categoria conceitual de dimensão pedagógica do cinema negro, Prudente (2018), como sendo uma manifestação de ensino dialético da contemporaneidade inclusiva das minorias vulneráveis versus o anacronismo o anacronismo excludente da hegemonia eurocêntrica. Essa luta ontológica é, "ao meu quase cego ver", fundamental para construção da lusofonia de horizontalidade democrática.


Prof. Doutor ADÉRITO FERNANDES MARCOS

(Universidade Aberta de Portugal - Universidade de São José, Macau, China)

Prof. Dr. Adérito Fernandes Marcos é licenciado em Eng. Informática pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal (1992); doutorado em Computação Gráfica pela Universidade Técnica de Darmstadt, Alemanha (1997); doutorado (por equiv.) (2000) e agregado em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho (2008). Em 2019 foi agraciado com o título professor "honoris causa" pelo UNIVEM, São Paulo, Brasil. 

 É atualmente professor catedrático visitante da Universidade de São José, Macau, China. É professor catedrático da Universidade Aberta de Portugal (desde 2013). Foi o fundador e primeiro diretor (2012-2020) do programa de Doutoramento em Média-Arte Digital, uma ofertam rede entre a Universidade Aberta e a Universidade do Algarve. 

É investigador, tendo sido o fundador e primeiro diretor (2014-2020) do Centro de Investigação em Artes e Comunicação - Polo da Universidade Aberta. Foi fundador, sendo o atual presidente da Artech-International - Associação International de Arte Computacional. É (co)autor de cerca de uma centena de publicações nacionais e internacionais. É editor-chefe das revistas científicas: International Journal of Creative Interfaces and Computer Graphics (ISSN: 1947-3117); ART(e)FACT(o) - Revista Internacional de Estudos Transdisciplinares em Artes, Tecnologia e Sociedade (ISSN: 2184-2086) (em lançamento).

A narrativa pessoal audiovisual: instrumento de afirmação social e de diversidade cultural

Resumo

De entre os milhões de pequenas narrativas pessoais audiovisuais criadas todos os dias com o clássico telefone portátil, um número crescente destas incide sobre aspectos da vida pessoal e da comunidade onde se inserem os seus intervenientes, que quando partilhadas em contexto e na rede global, estas pequenas histórias podem constituir-se como instrumentos ad hoc de afirmação pessoal, social, étnica e cultural, fragmentos fundamentais para a promoção e salvaguarda da diversidade cultural e das minorias. Nesta palestra faremos uma reflexão da importância da narrativa pessoal em vários contextos, dando especial ênfase à intervenção social e a promoção e salvaguarda da diversidade cultural à luz do desenvolvimento humano sustentável previsto na Declaração Universal sobre Diversidade Cultural da UNESCO. 


TRANSMISSÃO DO III COLÓQUIO - BROADCAST OF THE III COLLOQUIUM